sexta-feira, 1 de maio de 2009

Soneto para o meu amor




SONETO LXX
Se te censuram, não é teu defeito,
Porque a injúria os mais belos pretende;
Da graça o ornamento é vão, suspeito,
Corvo a sujar o céu que mais esplende.
Enquanto fores bom, a injúria prova
Que tens valor, que o tempo te venera,
Pois o Verme na flor gozo renova,
E em ti irrompe a mais pura primavera.
Da infância os maus tempos pular soubeste,
Vencendo o assalto ou do assalto distante;
Mas não penses achar vantagem neste
Fado, que a inveja alarga, é incessante.
Se a ti nada demanda de suspeita,
És reino a que o coração se sujeita.

William Shakespeare

Tudo passa, já dizia a "dona Maria". Isto também passará. Te amo.

2 comentários:

  1. Atiramos muitas pedras pela aí e sabemos que também temos telhado de vidro que se quebra facilmente. Estamos tentanto, porém, substituir por telhas mais resistentes. Seu apoio e amor incondicionais têm sido de fundamental importância para isso.
    Na dificuldade, sempre aparecem dezenas de rostos e mãos dispostos a ajudar, e como vemos, existem mais pessoas interessadas em erguer do que em derrubar.
    Obrigado por tudo. Te amo.

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