O vídeo já tem uns 2 anos, mas foi veiculado recentemente em Portugal. Tomei conhecimento dele no blog da Denise Arcoverde(http://sindromedeestocolmo.com), onde a postagem já rendeu mais de 300 comentários...
Pior que isso, só o "pedido de desculpas":
PS.: Um dos comentários que mais gostei no blog da Denise:
Comentário deixado por Daniel, no dia 15 October 2009:
Cara Maitê,
Acabei de ver o teu vídeo a pedir desculpa aqui à malta de Portugal!! Tudo jóia miúda.. já vi que és uma garota “légál” e brincalhona, por isso, sei que não levas a mal se te tratar por tu…já somos amigos!! Sabes que há uns anos atrás, quando te vi pela primeira vez, soube logo que tu tinhas dois avôs portugueses!! Essa tua beleza tinha de vir de algum lado né? Neste momento sinto-me envergonhado de nós (Portugueses) termos ficado tão ofendidos com aquele documentario!! Afinal de contas, o pessoal brazuca é show de bola.. é sempre em festa!! Qual é o problema de um grupo de brasileiras brincarem e gozarem com “gajos” como o Camões e o Vasco da Gama, escarrar para um lago de um Mosteiro que é património mundial, deitar a baixo uma pessoa que não sabia resolver um problema no computador, que pelo que entendi, tu também não sabias resolver … qual é o stress?? Na boa, tudo “légál”, show de bola garota…
Sabes o que me lembrei??? Até era giro a malta combinar, tu falares com esse teu amigo camera man e fazemos o seguinte: Eu levo daqui o Rui de Carvalho (um conceituado actor aqui de Portugal) aí ao Brasil e a malta faz um filme caseiro com este guião: 1º Filmamos o Rui a mijar para os pés do Cristo Redentor e a fazer um V de Vitória como que a afirmar : “estou-te a mijar para os pés e tu não podes fechar os braços para me impedir… estás a ver quem manda ó 7ª maravilha do mundo??” 2º Outra imagem era o Rui num restaurante a fazer o seguinte pedido: “Oh garçon, arranja-me aí uma dose de Presidente recheado com arroz de coentros (caso não tenhas entendido ele iria pedir Lulas recheadas)…” 3º Também era “légál”, o Rui gozar um bocado com a vossa história, mas infelizmente, não vai dar porque não é fácil encontrá-la… Espera lá! Já sei… arranjamos um barco e o Rui veste-se de conquistador Português a desembarcar no posto 9 em ipanema gritando o seguinte: “quem sois vós minhas popozudas de fio dental?? e vós seus boiólas de sunga?? Que estaides a fazer assim vestidos na terra que eu descobri??? ide-vos vestir e de seguida ide trabalhar para os campos a apanhar cana de açúcar que é para isso que vocês servem!! (esta é show, não é Maitê??) 4º Para acabar, o Rui faz um discurso à frente da estátua do Pélé a dizer: “sabem para que é que este “preto” era bom?? para limpar os escarros que os vigaristas dos brazucas mandam para os lagos dos nossos mosteiros lá em Portugal!”
Você curtiu a ideia Maitê??? Pensei que seria falta de respeito e de educação fazer uma coisa deste género de um país que não é o meu, mas afinal, é uma coisa normal como tu dizes.. é brincadeira.. isto há brincadeiras do carago (como se diz no norte cá da terra)! Ah é verdade… muito importante…Depois vendemos isto à rede Globo e eles transmitem isto em horário nobre… Aposto que o Brasil vai ficar inundado em lágrimas de tanto rir!! Afinal de contas como tu disseste, o povo brasileiro, é muito brincalhão! De certeza que vai aceitar que um “manézinho” vá aí à tua terra gozar com a tua pátria!!
Um beijo pá.. E aparece mais vezes cá em Portugal. Tenho uma brincadeira que adorava fazer contigo, mas não te conto agora… pronto está bem, eu conto… era esfregar 3 pasteis de nata (aqueles que tu comeste) na tua cara!! Deve ser mesmo o teu género de brincadeira… afinal de contas tu és tão bem humorada! É verdade, traz as tuas amigas do programa porque há pasteis para todas!!
Beijos pá
Nota: Usei o nome de Rui de Carvalho sem qualquer desrespeito à sua pessoa, antes pelo contrário, é um símbolo do nosso país daí ser a pessoa exacta para ironizar esta situação. Outra chamada de atenção que quero fazer, será o facto de usar a expressão “preto” no ponto 4º. não terá qualquer intenção racial subjacente …será uma forma de ironizar a desplicência com que Maitê trata de alguns temas. Longe de mim querer magoar qualquer tipo de raça…
Em que pese as diferenças e contextos culturais, não consigo aceitar algumas práticas normais... Porque depois que me tornei mãe, essas coisas me machucam ainda mais... E eu quero um mundo melhor para os meus filhos.
Eu costumava reger o mundo Mares se agitavam ao meu comando Agora, pela manhã, me arrasto sozinho Varrendo as ruas que costumava mandar
Eu costumava jogar os dados Sentia o medo no olhos dos meus inimigos Ouvia como o povo cantava: "Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"
Por um minuto segurei a chave Próximo as paredes que se fechavam pra mim E percebei que meu castelo estava erguido Sobre pilares de sal e pilares de areia
Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando Os corais da cavalaria romana cantando Seja meu espelho, minha espada e escudo Meu missionário em uma terra estrangeira Por um motivo que eu não sei explicar Quando você se foi não havia Não havia uma palavra honesta Era assim, quando eu regia o mundo
Foi o terrível e selvagem vento Que derrubou as portas para que eu entrasse Janelas destruídas e o som de tambores O povo não poderia acreditar no que me tornei
Revolucionários esperam Pela minha cabeça em uma bandeja de prata Apenas uma marionete em uma solitária corda Oh, quem realmente ia querer ser rei?
Eu ouço os sinos de Jerusalém tocando Os corais da cavalaria romana cantando Seja meu espelho, minha espada e escudo Meu missionário em uma terra estrangeira Por um motivo que eu não sei explicar Eu sei que São Pedro chamará meu nome Nunca uma palavra honesta Mas, isso foi quando eu regia o mundo
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Há alguns anos atrás, ainda na condição de filha adolescente, eu tinha uma gata (da qual não me lembro sequer o nome, mas que era a mãe do Sucuri, um gato muito figura). Por ela ter ido para a nossa casa ainda bebê (ao contrário dos outros, que nos adotavam ou eram adotados já adultos), pude acompanhar as diferentes fases da sua vida e em especial a sua primeira gestação. Não que isso me causasse grandes comoções ou interesse, mas me recordei dela porque pude ver de perto um parto pela primeira vez. Não que o parto em si tivesse também sido marcante (embora me chamou a atenção o fato de quase não existir sangue, ser silencioso e “limpo”, coisa que no meu imaginário permeado de imagens criadas por filmes e TV fosse impossível). O que realmente me marcou foram os momentos antes dele. Sua inquietação nos dias anteriores, como se algo lhe faltasse, como se houvesse uma urgência em terminar o que não estava ainda pronto. Seu olhar de “gratidão” quando lhe arrumei uma caixinha com panos limpos em um lugar tranqüilo depois de finalmente perceber o que estava para acontecer. Seu silêncio quase real (de realeza) e digno, embora cheio de sofrimento; sua ausência de sons e miados quando as contrações começaram a ficar realmente fortes e visualmente perceptíveis para mim. Seus olhos grandes e úmidos, ao mesmo tempo assustados e confiantes durante o trabalho de parto. Acho que poucos momentos nos mostram tanto a nossa real “condição” (talvez apenas a morte) e nos igualam em todos os aspectos com os nosso outros irmãos. Tão simples e real. Tão próximo e cada vez mais distante (no sentido do controle pessoal e do respeito).
Susan Boyle cantando essa música maravilhosa do Les Miserables... Lembrei de Fantine, da toda a dor que existe por aí, da perda da inocência e de como escolhas erradas podem matar...
I Dreamed a Dream
Eu sonhei um sonho num tempo que já se foi Quando esperanças eram elevadas e valia a pena viver Eu sonhei que o amor nunca morreria Eu sonhei que Deus perdoaria
Então eu era jovem e destemida Quando sonhos eram feitos e usados e desperdiçados Não havia nenhum resgate a ser pago Nenhuma canção não cantada, nenhum vinho intocado
Mas os tigres vêm à noite Com suas vozes suaves como trovão Como eles despedaçam sua esperança Transformando seus sonhos em vergonha
E ainda sim sonhei que ele veio até mim E que viveríamos os anos juntos Mas há sonhos que não podem ser E há tempestades que não podemos prever
Eu tive um sonho que minha vida seria Tão diferente deste inferno que estou vivendo Tão diferente daquilo que parecia Agora a vida matou o sonho que sonhei
SONETO LXX Se te censuram, não é teu defeito, Porque a injúria os mais belos pretende; Da graça o ornamento é vão, suspeito, Corvo a sujar o céu que mais esplende. Enquanto fores bom, a injúria prova Que tens valor, que o tempo te venera, Pois o Verme na flor gozo renova, E em ti irrompe a mais pura primavera. Da infância os maus tempos pular soubeste, Vencendo o assalto ou do assalto distante; Mas não penses achar vantagem neste Fado, que a inveja alarga, é incessante. Se a ti nada demanda de suspeita, És reino a que o coração se sujeita.
William Shakespeare
Tudo passa, já dizia a "dona Maria". Isto também passará. Te amo.
"O título acima é o nome de uma gravura do pintor espanhol Francisco de Goya (1746-1828). Nela, um homem cochila sobre uma mesa, semideitado, enquanto monstros parecidos com imensos e terríveis morcegos voam ao redor aterrorizando sua lucidez. A mensagem do mestre espanhol com a gravura é cristalina: quando a capacidade de pensar, exclusiva da espécie humana, é turvada pela força dos instintos (agressividade, impulsividade, enfim, ausência de raciocínio), inerentes a todas as espécies animais como mecanismo de sobrevivência e autoperpetuação, o resultado são seres cuja existência pendular e oblíqua igual ao vôo dos morcegos pode ora oscilar para a misantropia, ora para a antropofagia, ora para sociopatias ainda mais agudas e severas. E, ao contrário de Batman (homem-morcego do bem), estes monstros são legítimos, cujo peso das patas impõe-se em detrimento da boa luz das idéias, ofuscando-as na marra"(Fernando Mendonça).
Ando vendo por aí muita gente boa, "dormindo"... É preciso cuidado. Torna-se quase imperativo que os "cidadãos de bem", em todos os ambientes, públicos ou privados, mantenham sempre desperta a razão proposta por Goya em sua gravura de 200 anos atrás. Porque ela não apenas afugenta os monstros. Também os confina no lugar mais adequado e justo a todos eles: a escuridão permanente e distante de qualquer facho de luz.
Essa postagem é para você, meu irmão, que adentra agora a vida... 21 anos se passaram, mas acredito que seu "nascimento" está ocorrendo agora... Com toda a dor e angústia que ele trás... Nossos retornos de saturnos... Em nossas outras experiências, acumulamos muitas coisas, boas e ruins, mas na vida atual demoramos a acessar esses conteúdos... Não deixe que as tendências ruins que porventura ainda carreguemos seja impecilho para o seu crescimento. As utilize para perceber o quanto você já caminhou e o quanto precisa melhorar... Use a dor ao seu favor, sem a endeusar ou a procurar... Use-a como instrumento para se perceber, conhecer seus limites e avançar... Ninguém muda "de fase" no jogo da vida sem aprender... Se algo se repete, é porque ainda não se aprendeu... Só isso!
E não se esqueça que te amo muito, embora também tenha deixado vc de lado às vezes... (início de gravidez vale como desculpa?).
Por que será que o ser humano, inteligente e racional, abdica do seu conforto e segurança para se entregar a uma situação que se sabe ser no mínimo trabalhosa? Por que depois de três anos, agora que as noites são bem dormidas; que o apetite é regular; que as “oses” estão controladas; que a vida tem uma rotina tranqüila e tudo funciona bem, joga-se tudo para o alto e volta-se ao ponto de partida? Por que depois que se retoma o controle do seu corpo; que se consegue, ainda que momentaneamente, voltar a pensar como um ser “individual”; que se refaz o desejo e voltam antigos projetos, retorna-se a uma situação de incerteza, onde pouco depende de você? Por que, em um mundo tão podre e perverso, de tanto sofrimento e desamor, alguém resolve engravidar e trazer um “inocente” a esta situação? Ainda não sei e só terei essas respostas daqui a algum tempo (talvez anos)... Mas acho que no fundo, apesar de tudo, ainda acredito no amor como forma de redenção das almas.
Voltando aos pouquinhos, agora que o "maremoto" está passando...
"When the moon is in the Seventh House And Jupiter aligns with Mars Then peace will guide the planets And love will steer the stars
This is the dawning of the age of Aquarius The age of Aquarius Aquarius! Aquarius!
Harmony and understanding Sympathy and trust abounding No more falsehoods or derisions Golding living dreams of visions Mystic crystal revalation And the mind's true liberation Aquarius! Aquarius!"
Segundo os entendidos, através dessa definição("quando a lua estiver na sétima casa e jupiter alinhar-se com o marte"), o que acontece HOJE, ela se inicia...
Não,não sou aficcionda por astrologia, mas me interesso por tudo que possa ampliar minhas visões do mundo em que vivo. E em um momento de tantas guerras (externas e internas), me alenta saber que dias melhores virão...
Na mitologia greco-romana, Saturno representava o deus do Tempo. Para realizar um ciclo completo ao redor do Sol, o planeta Saturno leva entre 28 e 30 anos. Saturno é como um relógio. Marca nosso amadurecimento, o envelhecimento e o reconhecimento. Desta forma, a figura de Saturno aparece como uma espécie de "tutor", para nos cobrar as realizações e verificar o que fizemos ao longo do tempo que passou desde a sua última "passagem". Nesse momento da vida acredita-se então que as pessoas passem por momentos de decisões, de mudanças, de assumir responsabilidades. Para alguns, o momento pode ser bom, para reafirmação de suas metas, balanço positivo da vida e coisa e tal. Para outras, o balanço pode não ser assim tão positivo, fazendo com que a pessoa passe por turbulências em sua vida pessoal, profissional.
Parece existir uma certa melancolia neste período, mas esse estado é o que proporciona o abaixamento dos limites do ego, é um estado introspectivo, muito parecido com o estado depressivo, mas que permite um insight, um acesso ao self, ao que se é verdadeiramente, melancolia também pela provável morte do velho ego, que colecionou uma série de atributos, os quais agora se vê obrigado a abandonar. Todavia isso implica esforço, reconhecimento das limitações, correções no projeto de vida, abandono de dependências, força de vontade. È necessário entender que caso o indivíduo se encontre numa posição de fragilidade, porque acha que não tem aquilo “merece”, uma casa melhor, um emprego melhor, uma relação melhor, ou seja o que for, toda a pressão Saturnina ainda se fará notar mais, dado que vem num momento em que o indivíduo está interiormente “minado” e isso pode ser realmente difícil, dando origem a sintomas conhecidos, baixa auto-estima, desilusão consigo e com o mundo, desespero, incapacidade para controlar a ansiedade, revolta, desorientação, falta de objetivos, desmotivação. Aparentemente, quanto maior a pressão sentida no período do 1º retorno, maior é o desajuste entre aquilo que o indivíduo possui e aquilo de que necessita para prosseguir a jornada. Há que perceber o que é que se torna necessário abandonar ou reciclar, que projetos, que ambições, que características de personalidade, que valores. Se Saturno no momento do 1º retorno pressiona para a maturidade através de separação (isso é equilíbrio), resgate do poder pessoal, isso pode significar uma crise de valores.
Este período representa também o fechamento sobre todo o passado de dependência familiar, uma liberação final de tudo que ligava às servidões da infância e da adolescência, uma aquisição definitiva de autonomia. É o ponto final do caminho de relaxamento de responsabilidades dos pais sobre os filhos. É a chegada definitiva da certeza da sua responsabilidade em relação aos outros. É o primeiro contato com a sensação de que o tempo passa e que a velhice não tarda a chegar, por isso a intensificação das cobranças internas. Não é mais tempo para ilusões e sim para definições.
O Retorno de Saturno é completado quando se pode tomar nas mãos com segurança as rédeas e o controle da própria existência. Desligar-se do passado para apenas conservar dele as bases mais sólidas sobre as quais deve ser projetado e construído o futuro.
Durante nove meses, uma criatura pequenina foi crescendo dentro de mim e desde a sua instalação, passou a comandar praticamente todas as minhas funções vitais. Perdi o direito de dormir na minha posição favorita; de comer o que eu quisesse, na hora que eu quisesse; do formato do meu corpo; do meu estado de espírito... Quando a barriga cresceu o suficiente para ser identificada como uma barriga de gestante, fui elevada à categoria de Buda, uma vez que conhecidos e desconhecidos, sem a menor cerimônia, a alisavam sempre que chegavam perto de mim... No momento do parto, fui vista em ângulos que sequer posso imaginar, por pelo menos 4 pessoas... Ainda me recuperando do parto, tive os seios beliscados e apertados por uma enfermeira que sequer sei o nome, em nome da "pega correta" (ou seja, primeira mamada)... Durante a amamentação, pelo menos uma vez, parentes, amigos, torcida do Flamengo, viram meios seios desnudos... Mas tudo bem! Passei por tudo isso quase sem reclamar, achando lindo e "normal"... Agora vem Alice e dá chilique porque não a deixo enfiar o dedo no meu nariz! Faça-me o favor!
Nasci nas Minas Gerais. Minas não tem mar. Minas tem montanhas, matas e tem céu. É aí que me sinto em casa... Minas não tem mar. Lá, quem quiser navegar tem de aprender que o mar de Minas é em outro lugar. “O mar de Minas não é no mar/O mar de Minas é no céu/pro mundo olhar pra cima e navegar/sem nunca ter um porto onde chegar." Acho que é por isso que em Minas nasce tanto poeta. Poeta é quem navega nos céus (Rubem Alves).
Não sou mineira de nascença, mas sou por amor e adoção. É aqui que me sinto em casa. Encravada nas montanhas, que para alguns impedem a visão de horizontes mais largos, mas que para mim tem a feição de um grande abraço. As gerais da minas... Talvez motivada pelo recente passeio que fiz à Ouro Preto (que para mim é o lugar onde Minas é mais Minas), ando um pouco ufanista do meu estado. Adoro o jeito único do mineiro de falar “comendo” as letras; o comportamento reservado e cuidadoso com os desconhecidos, mas sempre hospitaleiro; as comidas feitas em fogões de lenha; as porteiras nas estradas de terra; as cachoeiras de águas geladas; as ruas de pé de moleque; os casarios coloniais; as igrejas barrocas; as casinhas perdidas nas montanhas, com vistas de perder o fôlego; a capital com recantos de cidade do interior... A convivência pacífica e complementar entre o moderno e o histórico; entre “os causos” e o conhecimento científico de ponta (olha nossa UFV aí!); entre o profano e o religioso... Alguém uma vez me disse que se sentia oprimido pelas montanhas de Minas, mas eu discordo que seu efeito seja esse. As montanhas de Minas fazem o pensamento ir mais alto, ir além e propiciam este ambiente de eterna magia e possibilidades únicas.
Um Livro das Sombras é um diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços e seus resultados, bem como outras informações e recebe esse nome porque seu conteúdo deve ser mantido à sombra da realidade do mundo. Sua origem remonta ao tempo das perseguições medievais, onde as “bruxas”, proibidas de compartilhar oralmente seus conhecimentos, escreviam seus conhecimentos e feitiços em livros pessoais, que mantinham ocultos (também, por isso, o termo "das sombras"). Analisando suas páginas, um iniciado poderia avaliar sua evolução no estudo e prática das artes mágicas. Além disso, o hábito de escrever traria a prática de dois aspectos muito favoráveis - a disciplina e o auto-conhecimento. Não sou Wiccana (aliás, sou absolutamente desconhecedora do assunto), mas me deparei com a frase que inicia esta postagem durante uma pesquisa de termos latinos (que me perseguem...) e gostei do significado. Assim, este blog foi criado com a função de ser o meu Luber Umbrarium, um meio de registrar minhas impressões pessoais sobre assuntos diversos e utilizar estas reflexões para algum aprendizado individual.
“Solução melhor é não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não precisaremos desses sanatórios porque é sabido que os saudáveis não entendem muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas. Sem despesas.”
Rachel de Queiroz
"A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado"
Mário Quintana
"Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior.É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!"
Machado de Assis
“depois... depois, querida, ganharemos o mundo, porque só é verdadeiramente senhor do mundo quem está acima das suas glórias tolas e das suas ambições estéreis."
Augusto dos Anjos
"Ah! Dentro de toda a alma existe a prova de que a dor como um dardo se renova quando o prazer barbaramente a ataca..."